A devoção a Nossa Senhora, sob o título dos Remédios (ou Bom Remédio, do Remédio), começou com São João de Matha, fundador na Ordem da Santíssima Trindade, e morto em Roma em 17 de dezembro de 1213. Com o objetivo de resgatar os cristãos escravizados na África e no Oriente Médio, São João da Mata e São Felix de Valois fundaram em 1198 a Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade. Precisavam, para isso, de vultosas somas em dinheiro. Recorreram, então, ao auxílio de Maria Santíssima, o remédio para todas as necessidades que encontramos na vida. Foram abundantemente atendidos e conseguiram libertar da escravidão milhares de irmãos na Fé.
Na linguagem medieval, os verbos “redímere” e “remediare” e os substantivos “redémptio” e “remédium”, tinham um significado similar: redimir, resgatar, resgate, remédio (com o sentido de salvação, libertação). Isto explica porque, nos escritos dos séculos XVI-XVII, se dão a padroeira os três títulos: “do Remédio”, “do Resgate”, “da Libertação”.
A representação mais antiga hoje conservada é uma imagem românica, que pertenceu à primeira casa dos trinitários em Marselha: a Virgem está sentada, com o Menino no braço esquerdo e com a bolsa de dinheiro no direito. A bolsa alude, como relatam muitos biógrafos, à aparição e ao socorro dado por Nossa Senhora a São João de Matha, em Túnis e em Valência (Espanha). São João de Matha estava sendo atormentado pelos muçulmanos que exigiam o preço duplicado por escravos já resgatados, sob ameaça de reconduzi-los em prisão. Tendo-lhe suplicado fervorosamente como Mãe do Bom Remédio, foi por ela miraculosamente provido.
A sua festa e romaria realiza-se no dia 15 de agosto, realizando-se a parte religiosa na capela e a sua parte lúdica na aldeia de Frieira



